De 23 a 29 de novembro acontece o SP-Foto Viewing Room no
site https://www.sp-arte.com. A
feira online reúne mais de 50 expositores, entre galerias, editoras e projetos
especiais que trazem uma seleção minuciosa de fotografia e videoarte. São casas
nacionais e estrangeiras como Almeida e Dale (São
Paulo), Artespacio (Chile), Millan (São
Paulo), Central (São Paulo), Galeria Kogan Amaro (São
Paulo e Zurique), Ginsberg (Peru), Isabel Amado
Fotografias (Rio de Janeiro), Luciana Brito Galeria (São
Paulo), Galeria Mário Cohen (São Paulo), Silvia Cintra
+ Box 4 (Rio de Janeiro) e Utópica Photography (São
Paulo).
Entre os projetos independentes, estão a 01.01
Art Platform (São Paulo) e Levante Nacional Trovoa (São
Paulo), além do estreante internacional, MFON: Women
Photographers of the African Diaspora (Nova York), coletivo
responsável por representar a voz de mulheres afrodescendentes, a Piscina
Art (São Paulo), plataforma brasileira com foco em artistas mulheres e
o Centro Cultural Veras (Florianópolis), um espaço múltiplo e
transdisciplinar que promoverá encontros entre arte contemporânea e yoga. Ainda
marcam presença instituições como o Museu de Arte Moderna de São
Paulo (MAM São Paulo), que comemora os 20 anos de seu Clube de
Colecionadores de Fotografia, o Instituto Mário Cravo Neto (Salvador)
e a Associação Brasileira de Arte
Contemporânea (ABACT), bem como as editoras Fotô Editorial,
Lovely House e Terra Virgem Edições.
"Cada edição da SP-Foto é única, singular. Buscamos sempre renovar a
experiência com o público por meio de diferentes iniciativas onde a fotografia
ocupa posição central. Para esta edição em formato
digital, que acontece após o sucesso do SP-Arte Viewing Room,
que alcançou mais de 56 mil visitantes, traremos conteúdos e projetos
expositivos diversos sobre a produção fotográfica moderna e contemporânea", diz Fernanda
Feitosa, fundadora e diretora da SP-Foto. "A fotografia brasileira ocupa
uma importante posição no circuito internacional. A cada edição, promovemos um
encontro de gerações entre artistas e galerias já consolidadas no circuito e
jovens expositores e artistas que estão florescendo agora, são apostas, nomes
que acreditamos que vão ascender cada vez mais, a exemplo de casas como a HOA e
o Projeto Vênus, e projetos independentes como a 01.01 Art Platform e o Levante
Nacional Trovoa", afirma.
Na página
de cada galeria, o visitante poderá percorrer um projeto expositivo com até 20
obras de um ou mais artistas. Cada exposição é enriquecida por conteúdo em textos, vídeos e áudios a fim de propiciar uma
narrativa única e uma experiência imersiva. Caso haja o interesse por algum
trabalho disponível no site, apenas um clique em "Contactar
galeria" já permite que o comprador inicie uma conversa com a galeria por
meio de um chat da plataforma, Whatsapp ou e-mail.
A fim de estreitar os laços entre as obras
expostas e os visitantes, o evento promove também uma programação ampla e
gratuita com curadores, fotógrafos e outros especialistas em atividades
como visitas guiadas e o ciclo de debates e palestras, o Talks,
que retorna ao evento agora em formato online.
Os detalhes da programação serão anunciados em breve.
ESTREIAS
Lançar luzes ao impacto que fotógrafas mulheres
e não-binárias de ascendência africana têm no mundo é o cerne do coletivo MFON: Women
Photographers of the African Diaspora. Fundado pelas fotógrafas
nova-iorquinas Adama Delphine Fawundu e Laylah
Amatullah Barrayn, o coletivo já reuniu mais de 100 projetos de artistas de
diferentes regiões, nacionalidades, pesquisas e gerações. Pela primeira
vez em um evento brasileiro, no SP-Foto Viewing Room elas apresentam obras de artistas como Deborah
Willis, Dee Dwyer, Jaimee Todd e Tokie Rome-Taylor em um projeto expositivo que enfatiza a forma diversa como
cada uma aborda a ascendência africana e representa sua visão de mundo.
Também com foco na presença feminina, a Piscina Art traz
à Feira obras produzidas por jovens artistas mulheres que tratam sobre
temáticas relacionadas à autoimagem, representação e corpo, além de processos
de transformação e diferentes percepções e meios de estar na natureza.
Figuram obras das artistas Alice Yura, Alile Dara Onawale, Amapoa (Camila
Svenson e Pétala Lopes), Camila Fontenele, Daniela
Paoliello, Fernanda Liberti, Fernanda Vallois, Gabriela Silveira, Juh Almeida,
Laryssa Machada e Takeuchiss (Andréia e Nathália
Takeuchi).
Gestado há quase duas décadas pelo curador
catarinense Josué Mattos, o Centro Cultural Veras (CCV)
surge com o objetivo de responder à demanda de espaços culturais na região de Santa Catarina. O projeto busca reforçar sua
singularidade por meio de um programa estruturado em quatro
pilares que unem arte, yoga, educação e sustentabilidade. Em sua
estreia no SP-Foto Viewing Room, o CCV apresenta obras
de fotógrafos emblemáticos da contemporaneidade, como Ding Musa, João
Castilho, Laura Belém, Laura Gorski e Ricardo Barcellos. O
valor arrecadado com as vendas das obras será revertido à construção do espaço
físico do Centro Cultural.
VINTAGE
O escritor Millôr Fernandes dizia que "uma
imagem vale mais do que mil palavras... mas experimente dizer isto sem
palavras". A partir desta provocação, a Utópica apresenta
uma experiência que une o visual e o sonoro. O projeto expositivo da galeria
trará ao visitante uma seleção de trilhas sonoras. Ora um breve podcast que
narra história, traz informação e descontração, ora sons para despertar outros
sentidos além do olhar. Cada uma das 20 fotografias será acompanhada por áudio.
São obras de artistas como German Lorca, nome seminal da fotografia
moderna e um dos integrantes iniciais do prestigiado Foto Cine
Clube Bandeirantes, Fernando Lemos, figura da terceira geração de
artistas modernistas portugueses e as fotógrafas modernistas emblemáticas Annemarie
Heinrich, Alice Kanji e Dulce Carneiro.
Em parceria,
as galerias Luciana Brito e Bel Amado exibem
uma seleção de obras com alguns dos principais nomes do Foto Cine
Clube Bandeirantes, figuras cujas trajetórias se misturam à história da
fotografia brasileira, como Gaspar Gasparian, Geraldo
de Barros, Gertrudes Altschul, Marcel Giró, Paulo Pires e Thomaz
Farkas.
O icônico Foto Cine
Clube Bandeirantes também aparece no projeto expositivo da Almeida
e Dale. Em Os Frequentadores do Clube,
a galeria homenageia o grupo histórico por meio de obras de artistas já
consagrados mundialmente que, em comum, são
apaixonados frequentadores do Clube. Figuram trabalhos de Barbara Mors,
Ivo Ferreira da Silva, Julio Agostinelli e Yalenti.
Iniciado como um grupo de fotógrafos amadores,
o Foto Cine Clube Bandeirantes representou
o ápice do movimento fotoclubista no Brasil, atividade que se propagou, nos
anos 1940, pelas principais capitais do país. Uns dos fatores marcantes da
atuação do grupo foi abrir as portas para a fotografia brasileira mundo
afora. Instituições como MASP, Itaú Cultural, Tate e MoMA, entre outros museus
e coleções públicas e privadas nacionais e internacionais, incorporaram em suas coleções obras da fotografia moderna do Brasil. A
título de exemplo, está a exposição que o MoMA inaugura em março
de 2021, Modernista Brasileira 1946-1964.
Com curadoria de Sarah Meister, que descobriu alguns dos principais fotógrafos
modernistas do Brasil em edição da SP-Foto e ajudou a ampliar a coleção
de brasileiros no museu norte-americano, será a maior mostra da moderna
fotografia brasileira realizada fora do país,
com 140 fotos de 60 fotógrafos.
Dentre as principais características da
fotografia vintage, está a singularidade do registro em papel
feito na mesma data em que
a foto foi tirada. A única cópia é o registro em papel de um negativo. Para homenagear essa fotografia
única, muitas vezes rara, a MaPa traz ao SP-Foto Viewing Room uma
seleção de imagens que registram a singularidade oposta aos tempos
atuais, em que o excesso de imagens é o
múltiplo do dia a dia. São obras de ícones da fotografia brasileira,
como Alicia Rossi, Alair Gomes, Evandro Teixeira e Otto
Stupakoff.
Popularmente chamado de fotógrafo das
estrelas, Antonio Guerreiro, espanhol radicado no Brasil, foi
consagrado como retratista de personagens do mundo da arte, da cultura e da
alta sociedade. A Carcará Photo Art apresenta uma seleção de
suas célebres fotografias, entre os quais, o icônico retrato da atriz Sônia
Braga.
CONTEMPORÂNEOS
Com a missão de reverter antigas rotas de
comércio de escravidão em um circuito de
intercâmbio cultural, a 01.01 Art Platform promove novas
maneiras de coletar e consumir arte. Criada por artistas e curadores
africanos-brasileiros, a plataforma tem o apoio de instituições como Bockantaj
(Inglaterra), Galeria Ilha do Grilo (Portugal) e Fundação de Arte Contemporânea
do Gana (Gana). Um dos destaques da primeira edição do SP-Arte Viewing Room, na SP-Foto exibem o projeto Passagens/propostas
rituais, com a mais
recente produção de artistas como Ana Beatriz Almeida,
Aretha Sadick, Gabriella Marinho Moisés Patricio, Pamina Sebastião, Shai
Andrade, Renata Felinto, Rafael BQueer e Sekai
Machache.
Com o objetivo de reivindicar a urgência na discussão sobre o sistema de arte no Brasil com
especial atenção à visibilidade e inserção das artistas racializadas cis e
trans nesse circuito, o Levante Nacional Trovoa reúne artistas
visuais e curadoras racializadas das cinco regiões brasileiras (Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Na Feira,
o coletivo traz obras realizadas por Mitsy Queiroz, Moara Brasil e Silvana
Mendes.
Explorar a partir de quatro distintas línguas
abstratas apagamentos cotidianos e manifestações sensíveis em torno
de marcas colonialistas que se atualizam no presente. Essa é a proposta
da Central Galeria para o SP-Foto Viewing Room com
o projeto intitulado Línguas, que reúne obras de artistas de
diferentes gerações. A artista greco-brasileira Gretta
Sarfaty, disruptiva e multidisciplinar, faz de seu corpo espaço para
experimentação artística, política e campo de transformação. Expoente da Body
Art no Brasil, em sua obra, o corpo
feminino é território tanto para questionamentos internos quanto sociais. No
trabalho de Dora Smék, o público é convidado a uma experiência
constante de embate entre um corpo fragmentado e as intempéries do dia a
dia. Em suas obras, o corpo é colocado em primeiro plano, nunca por inteiro, mas sempre em posição de resistência.
Já Simone Cupello reflete sobre
a língua da memória. No projeto da Central, ela traz fósseis de lembranças
compostos a partir de fotografias amontoadas e esculpidas, são memórias
guardadas e inacessíveis sem sua qualidade imagética. Ridyas dá
forma ao encontro de palavra e corpo. A partir de recursos gráficos, cria com
as palavras uma língua também visual, cuja leitura ocorre com o auxílio de
outros códigos além do textual.
Uma das referências nacionais como retratista,
fotógrafo de nus e de moda, Bob Wolfenson transita com a mesma
destreza entre a publicidade e a arte. Se define como especialista em breves encontros e, ao longo de seus quase 50 anos de
carreira, é responsável por alguns dos retratos mais marcantes da
iconografia brasileira recente. Um recorte de
sua produção, com fotografias de diferentes épocas
de sua carreira, será exibido na Feira
pela Galeria Millan.
Representando a produção artística
latino-americana, a galeria chilena Artespacio propõe um
diálogo entre os fotógrafos Bernadita Benett, Leonardo Finotti, Alexis
Mandujano, Tomás Rodríguez e Máximo Corvalan-Pincherira com uma
seleção de obras sobre a fotografia como representação da realidade. Enquanto a
peruna Ginsberg traz um projeto expositivo com Majo
Guerrero e Nicolás Franco.
O skate entrou na vida
do artista paulista Fabiano Rodrigues há 30 anos, dos quais 15
deles foram dedicados ao esporte de forma profissional. Foi justamente
observando os fotógrafos que registravam suas manobras que passou a se
interessar pelo gênero artístico, que hoje lhe rende reconhecimento nacional e
internacional. Suas fotografias recentes integram o Skateboard
Help, projeto exibido pela Galeria Kogan Amaro que
une arte, fotografia e skate. Parte do valor das obras será destinado à ONG Social
Skate, organização que auxilia crianças e adolescentes de Poá, município da
zona leste de São Paulo.
Uma iniciativa pensada para documentar, tornar
conhecida a beleza e o valor natural da região do pantanal brasileiro, promover
o diálogo entre as forças produtivas, academia, instituições e
organizações na busca de soluções
implementáveis de consenso. Assim é a Documenta Pantanal, projeto
que convida o público a refletir sobre questões urgentes da natureza por meio
de fotografias de João Farkas, Luciano Candisani e Araquém
Alcântara.
Questões associadas aos ciclos da natureza
aparecem também na série Florada,
de Rochelle Costi. Exibida pela Galeria Celma Albuquerque,
as obras são compostas por flores nativas e exóticas encontradas durante
caminhadas pelo bairro da artista, próximo ao centro de São Paulo. Os registros
são sempre feitos no mesmo horário e local a fim de proporcionar diferentes
tonalidades de luz, conforme a estação do ano.
Para esta edição da Feira, a Galeria Silvia
Cintra + Box4 traz fotografias de artistas de diferentes gerações e
pesquisas, como Alice Quaresma, Ana Maria Tavares, Cinthia Marcelle,
Isidora Gajic, Marcius Galan, Miguel Rio Branco, Nelson Leirner, Omar Salomão,
Pedro Motta e Sebastião Salgado. Apresentando imagens
clássicas e uma síntese de novas fotografias integrantes de seu acervo, a Mario
Cohen exibe obras de Paolo Roversi, Mario Von Bucovich,
Henrick Jessen, Erwin Blumenfeld, Frantisek Drtikol, Elaine Pessoa, Roberio
Braga, Sebastião Salgado, Pierre Verger, Cristiano Mascaro e Ellen
von Unwerth. Destaque para a fotografia de moda Sasha
Robertson, de Paolo Roversi.
Em Abissal, exposição
apresentada pela Verve, figuram trabalhos de Ana Beatriz
Almeida, Angella Conte, Giselle Beiguelman, Felippe Moraes, Francisco Hurtz,
Tales Frey e Shai Andrade. A partir de histórias
distintas, mas que convergem em algum ponto,
como afluentes do mesmo rio, a mostra convida o visitante a
refletir sobre a memória, a ancestralidade e os limites do corpo.
Conhecido principalmente por suas intervenções
fotográficas na região central de São Paulo,
com frases como "Eu Me Vejo Em Você",
o fotógrafo Felipe Morozini apresenta três séries de
diferentes fases artísticas, apresentados pela Bianca Boeckel Galeria.
Destaque para A Noiva do Vento, fotografia na qual o artista traz um retrato poético e reflexivo do
momento atual.
Confira a lista completa de expositores:
01.01 Art Platform (São Paulo)
Associação Brasileira de Arte
Contemporânea ABACT (São Paulo)
Almeida e Dale (São Paulo)
Almeida e Dale Modernos (São Paulo)
AM Galeria de Arte (São Paulo)
Andrea Rehder Arte Contemporânea (São Paulo)
Arte 57 (São Paulo)
Arte Hall (São Paulo)
Artespacio (Santiago)
Babel (São Paulo e Nova York)
Bianca Boeckel (São Paulo)
Bolsa de Arte (São Paulo)
Carcará Photo Art (São Paulo)
Casa Rosa Amarela (São Paulo)
Cassia Bomeny Galeria (Rio de Janeiro)
Celma Albuquerque (Belo Horizonte)
Central Galeria (São Paulo)
Centro Cultural Veras (Florianópolis)
Dan Contemporânea (São Paulo)
Documenta Pantanal (São Paulo)
Fólio (São Paulo)
Fotô Editorial (São Paulo)
Galeria Arte Formatto (São Paulo)
Galeria Aura (São Paulo)
Galeria da Gávea (Rio de Janeiro)
Galeria de Arte Mamute (Porto Alegre)
Galeria Frente (São Paulo)
Galeria Karla Osório (Brasília)
Galeria Kogan Amaro (São Paulo e Zurique)
Galeria Mario Cohen (São Paulo)
Galeria Murilo Castro (Belo Horizonte)
Ginsberg (Lima)
HOA (São Paulo)
Instituto Mario Cravo Neto (Salvador)
Isabel Amado (Rio de Janeiro) + Luciana Brito (São Paulo)
Lovely House (São Paulo)
MaPa (São
Paulo)
MFONwomen (Nova York)
Millan (São Paulo)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo)
Nacional Trovoa (Coletivo) (São Paulo)
Paulo Darzé Galeria de Arte (Bahia)
Pinakotheke (São Paulo)
Piscina (São Paulo)
Projeto Vênus (São Paulo)
Referência (Brasília)
Sérgio Gonçalves Galeria (São Paulo)
Silvia Cintra + Box 4 (Rio de Janeiro)
Simone Cadinelli (Rio de Janeiro)
Terra Virgem Edições (São Paulo)
Utópica (São Paulo)
Verve (São Paulo)
Zilda Fraletti (Paraná)
Zipper Galeria (São Paulo)
Serviço:
SP-Foto Viewing Room
Período: 23 a 29 de novembro
Fonte/Foto-reprodução-divulgação:
Assessoria de Imprensa - Legenda: Sophia de Mello Breyner, 1949/1952, de Fernando Lemos (Utópica Photography) | Mahnilei, 2016, de Salimah Mahnilei (MFON) | Modificação e
apropriação, 1980, de Gretta Sarfaty (Central Galeria)
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