A Cité Arquitetura foi convidada pelo European Cultural center - ECC para participar da exposição "Time, Space and Existence" (Tempo, espaço e existência), localizada no Palazzo Mora, durante o período da Bienal de Veneza, de 20 de maio a 26 de novembro. O espaço expositivo foi cuidadosamente planejado e projetado para representar o processo criativo e valores do escritório carioca.
A fusão de instalações artísticas com projetos autorais demonstra a abordagem criativa e inovadora do escritório, transmitindo a essência do trabalho desenvolvido pela equipe. Essa combinação permite ao público imergir no universo conceitual da Cité Arquitetura, explorando o processo de criação e entendendo como a equipe desenvolve seus projetos de maneira única.
O escritório valoriza a brasilidade em seu modo de projetar ao utilizar materiais cuidadosamente escolhidos, que representam a cultura e a identidade do Brasil. Essa abordagem é alcançada por meio de elementos como bordados e tecidos orgânicos, além de pedras brasileiras, incorporando técnicas contemporâneas e artesanais.
Pequenas ações e iniciativas podem fazer uma grande diferença no desenvolvimento de comunidades e na preservação de tradições culturais. Ao destacar o fazer à mão, o escritório enfatiza a importância do trabalho manual e a valorização das habilidades artísticas locais, mantendo viva a herança cultural e promovendo a diversidade das expressões artísticas.
Essa escolha ressalta a riqueza do artesanato brasileiro, dando destaque aos detalhes e à dedicação em cada peça, com bordados executados em parceria com o Projeto DACCASA, ação social de capacitação de artesãs e artesãos na cidade do Rio de Janeiro.
Além dos elementos visuais, o escritório incluiu um poema de autoria própria que conta a história de um importante símbolo em sua iconografia: o coração. Por meio dele, são compartilhados valores, revelando uma abordagem sensível e poética na concepção dos espaços, além de transmitir emoções e conexões humanas.
Em conjunto, esses elementos buscam criar uma atmosfera que evoca a brasilidade, agregando elementos artísticos e culturais que são distintivos do país e do escritório.
Dentre os elementos utilizados destacam-se:
Quartzito brasileiro: peças únicas reunidas para formar um conjunto de múltiplas cores e formas em alusão ao solo brasileiro. As pedras usadas no espaço foram fornecidas pelo parceiro Sigmastones, sendo dentre elas os quartzitos Perla, Xangô, J’Adore, Kalahari, Naika e Harpia, o último nomeado pelo escritório.
Algodão orgânico e tecidos ecológicos: refletem a natureza na arte e o potencial de transformação inerente ao povo brasileiro, frutos da parceria com a EcoSimple e Atelier Iole Mendonça.
Espelho: quem observa e se vê como parte da intervenção pode traduzir seu papel, unindo fragmentos e acessando a intervenção em seu todo.
Coração: localizado no centro do espaço, representa as pessoas através da paixão. O coração reflete a alma da Cité, sua paixão e seu coração batendo.
Bordado: representa o compromisso social ao mostrar e enaltecer o delicado trabalho de agulha das mulheres brasileiras que superam os desafios diários. Neste projeto, contamos com o trabalho da bordadeira Maria do Socorro dos Santos, de Pedra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Dentro do espaço da exposição, além da valorização simbólica de materiais naturais como pedra e tecido, e da ênfase na sustentabilidade social e ambiental, são abordados cinco pilares que refletem sobre o tempo, espaço e a existência:
Pessoas: são o aspecto mais importante na concepção de um projeto. O design do escritório existe na compreensão íntima dos hábitos, da cultura e da experiência, traduzindo-se posteriormente em uma arquitetura construída. Acreditam nas singularidades; cada pessoa carrega um ritmo, um pulso e uma frequência diferentes. Através do espaço, a Cité Arquitetura estabelece vínculos entre as pessoas, unindo-as através desta diversidade e individualidade. Essas camadas são cuidadosamente reunidas em projetos significativos e sensíveis.
Localização: o local é, como as pessoas, único. Suas características físicas se entrelaçam com o significado conceitual. A partir da interpretação de tais aspectos, os materiais são escolhidos como elementos significativos que remetem para a identidade regional, para as sociedades e para a memória dos que construíram antes e dos que ainda vão construir.
Ler: ler e interpretar constantemente a cidade e o sítio, procurando extrair as sensações, informações e significados úteis.
Transformar: a experiência transforma-se em conhecimento; as ideias abstratas transformam-se em pensamento arquitetônico.
Devolver: os pensamentos são decifrados e transformam-se em espaço para, mais uma vez, serem lidos, transformados e devolvidos às pessoas e ao sítio.
Por fim, serão apresentados na exposição quatro projetos icônicos do escritório, que representam o trabalho destacado e a visão criativa da equipe.
- Retrofit Miguel CoutoA concepção do projeto para este empreendimento comercial se materializa no retrofit de sobrados contíguos, de estilo arquitetônico típico do final do século XIX e começo do século XX, numa área central e nobre do Rio de Janeiro. Faz parte do movimento de retorno ao centro da cidade com a conservação e conversão de suas arquiteturas históricas.Selecionado para shortlist do VII Prêmio Domus de Restauração e Conservação, um dos mais importantes no cenário internacional de conservação em arquitetura, o Miguel Couto foi fruto de um trabalho minucioso de encontro entre o passado e o presente.
2. Borges 3647
Um dos projetos que mais marcaram recentemente a trajetória da Cité Arquitetura, finalista do Prêmio Obra do Ano 2022, promovido pelo portal Archdaily Brasil, e vencedor do Prêmio ASBEA-RJ 2017, o Edifício Borges apresenta uma implantação e desenho que valorizam a paisagem marcante do Rio de Janeiro, debruçado sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas e com vista para o Cristo Redentor.
3. Highlight Jardim Botafogo
O Jardim Botafogo Highlight tem as relações com a cidade como ponto de partida para a concepção do projeto. Os edifícios funcionam como um mirante, emoldurando as diversas paisagens que o entorno oferece, enquanto o embasamento aproxima o projeto da escala de Botafogo através de seus volumes, reentrâncias e cores, acolhendo não apenas o usuário, mas a todos os que vivenciam a região.
Com usos residencial e comercial em sua fachada ativa, presente ao longo de grande parte do limite público do terreno, foi projetado tendo em vista seu grande potencial de revitalização urbana. No mesmo intuito de entrega à cidade, introduz mais verde à paisagem através de sua fachada-viva.
4. ISR PUC-RioO principal objetivo do projeto é desenvolver um edifício para atender à implantação de um empreendimento inovado ligado à tecnologia no campus da PUC-Rio. Desse escopo surge o ISR (Instituto de Sustentabilidade do Rio) cuja proposta apresenta uma grande flexibilidade e também uma grande limitação formal e dimensional por causa das restrições do terreno. O partido do projeto parte de uma modularidade estrutural e uma multifuncionalidade.
Sobre a Cité Arquitetura
A Cité Arquitetura é uma empresa com 10 anos de mercado, cuja experiência conjunta de seus sócios remonta a mais de 30 anos. Fundada pelos arquitetos Celso Rayol, presidente da AsBEA-RJ, professor e pós-graduado da PUC-Rio, e Fernando Costa, conselheiro da Ademi-RJ e pós-graduado pela FGV, a Cité Arquitetura preza pela organização e método na criação dos projetos e conta com uma equipe técnica multidisciplinar, preparada para projetar em diferentes escalas e programas. Esses atributos garantem um controle de qualidade e mais sinergia no encontro das obras com a cidade. Além disso, acreditamos que os projetos que nos trouxeram premiações são frutos do nosso entendimento de que projetar não é um monólogo, mas parte de um diálogo mais amplo com a cidade. Dentre alguns de seus trabalhos premiados estão Sorocaba 112, um dos primeiros da Cité, e a modernização do Memorial JK, em Brasília, indicados ao Building of The Year em 2017 pelo Archdaily; o Borges 3647, vencedor no Prêmio AsBEA/RJ em 2017 na categoria Edifícios Residenciais, integrante do anuário da revista Projeto em 2020 e indicado ao Prêmio Obra do Ano 2022 no Archdaily Brasil; o Miguel Couto, na shortlist do Prêmio Domus de Restauração e Conservação, premiação internacional da revista Build; e o Complexo Multiuso, na Ilha do Fundão, premiado na categoria Profissional do Prêmio Saint Gobain de 2015. Como conjunto da obra, a Cité foi nomeada como Most Client-Focused Residential Architecture Studio pela Build Magazine em 2021.
Fonte/Foto-divulgação: Assessoria de Imprensa
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