NELSON MANDELA É TEMA DE MUSICAL INFANTOJUVENIL NO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA


No mês da Consciência Negra, a CAIXA Cultural São Paulo recebe a curta temporada de Menino Mandela, que homenageia o advogado, líder político e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela (1918-2013), vencedor do Prêmio Nobel da Paz por defender os direitos humanos diante de um regime opressivo de segregação racial. O espetáculo, que já passou pelo Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador, fica em cartaz na capital paulista de 20 a 30 de novembro, com sessões de quinta a domingo, às 15h.

Com texto original de Ricardo Gomes e Mariana Jaspe, direção artística e idealização de Arlindo Lopes, e direção musical, arranjos e músicas originais de Wladimir Pinheiro, a peça venceu o Prêmio CBTIJ (Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude) em cinco categorias. No elenco, estão PeterAbraão Kimberley, Aline Valentim, Alexandre Rosa MorenoElla Fernandes Vanessa Pascale (vencedora do prêmio CBTIJ de melhor atriz por este trabalho), além das musicistas Flávia Chagas, Geiza Carvalho e Raphaela Yves.

A peça convida o público para um passeio pela infância e pelas experiências que moldaram Mandela. Com poesia e leveza, canções originais, bonecos e danças africanas, o espetáculo imagina um encontro entre o menino Rolihlahla (que seria rebatizado de Nelson)  e sua neta Zoe numa das fases mais felizes da vida dele.

Sua relação com mãe, pai, avó, tutor, a aldeia e a natureza foram determinantes na formação dos ideais do menino que, anos mais tarde, tornou-se símbolo maior da luta pela dissolução do apartheid na sua querida África do Sul. O trabalho é uma experiência poética e educativa, que aproxima gerações e promove o letramento racial ao valorizar a representatividade negra e reafirmar princípios como empatia, igualdade e respeito.

Mais do que narrar a infância de um líder, Menino Mandela convida crianças, jovens e adultos a reconhecerem que os grandes sonhos de liberdade e justiça nascem de gestos simples e humanos que moldam valores, constroem identidades e inspiram novas formas de convivência. É um convite à reflexão e à esperança, que transforma a memória de Mandela em caminho vivo de aprendizado e transformação.

Como expressou Graça Machel Mandela, viúva de Nelson, emocionada ao tomar conhecimento da montagem brasileira: “Já vi muitos livros, artigos, documentários sobre Mandela, mas peça de teatro, eu nunca tinha visto!”.

Além da temporada, o grupo aproveita a oportunidade para lançar a trilha sonora originado do espetáculo, que foi gravada em estúdio.

O espetáculo conta com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.

Viagem no tempo e na história

A história tem início quando Zoe, neta de Nelson Mandela, precisa fazer um trabalho de escola sobre seu avô e contar como foi sua infância na aldeia sul-africana Qunu. Conversando com o avô e revolvendo suas memórias, uma “fenda no espaço-tempo” transporta Zoe para 1926, onde ela encontra o menino Rolihlahla, que se desdobra para aproveitar ao máximo a vida entre brincadeiras, obrigações e o aprendizado com os anciões de sua tribo.

Quando começa a frequentar a escola, recebe de sua professora um novo nome, Nelson. Às voltas com um mundo repleto de hábitos e saberes novos, o menino vai enfrentar a perda precoce do pai e a despedida da mãe, que precisa entregá-lo aos cuidados de seu tutor, o Rei Jongintaba. A partir daí o pequeno Nelson terá que desbravar um mundo desconhecido e pautado pela desigualdade racial.

“Nelson Mandela sempre foi uma das pessoas mais inspiradoras e potentes que passou por essa nossa existência. Logo após a sua morte, vi uma explosão de publicações que retratavam a sua jornada, e me chamaram atenção as várias versões de livros infanto-juvenis que retratavam sua infância em Qunu. O próprio Mandela declarou diversas vezes que em sua aldeia viveu os dias mais doces e felizes de sua existência. Me debrucei a ler esses livros e, claro, me encantei por sua autobiografia. Para mim, o teatro infantil tem papel fundamental na formação de crianças que se tornarão adultos mais conscientes de nossa diversidade e pluralidade social”, explica Arlindo Lopes.


Foto/crédito: Caio Lírio

Fonte: Assessoria de Imprensa

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