Nessa semana, a Polônia, apoiada por vários outros
países, incluindo um grupo central formado por Brasil, Canadá, Egito, Iraque,
Jordânia, Nigéria, Paquistão e Estados Unidos, apresentou uma resolução à
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecendo o Dia
Internacional das Vítimas de Violência contra Religião e Crença para 22 de
agosto.
A resolução foi aceita por unanimidade por todos os
países que fazem parte da ONU. Este é um passo histórico, pois é a primeira vez
que as Nações Unidas dedicam um dia à prevenção da violência por motivos
religiosos.
A decisão chega em um momento em que a intolerância
religiosa atinge níveis insuportáveis em todo o mundo. Hoje, segundo dados da
própria ONU, mais de 10 conflitos existentes no mundo são de fundo religioso.
A resolução inclui em seu texto todos os atos contra
pessoas que escolham uma religião, bem como seus bens, prédios, propriedades.
"Deploramos fortemente todos os atos de violência contra as pessoas com
base em sua religião ou crença, bem como quaisquer atos dirigidos contra seus
lares, empresas, propriedades, escolas, centros culturais ou locais de culto,
assim como todos os ataques contra e em lugares religiosos, locais e santuários
que violam o direito internacional.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres,
vê “momento crucial” na luta contra o discurso de ódio e contra o extremismo –
o que exigirá a mobilização de líderes políticos e religiosos em prol da
coexistência pacífica.
“Em todo o mundo, estamos vendo uma onda perturbadora de
intolerância e de violência baseada em ódio atingindo fiéis de muitas fés.”,
lembrou Guterres atentando para ataques a sinagogas e mesquitas e ao atentado a
igrejas cristãs no Sri Lanka, no domingo de Páscoa.
“Tais incidentes tornaram-se familiares demais:
muçulmanos abatidos em mesquitas, com seus locais religiosos vandalizados;
judeus assassinados em sinagogas, com suas lápides desfiguradas por suásticas;
cristãos mortos em oração, com suas igrejas frequentemente incendiadas e
explodidas. Os locais de adoração, em vez de serem os abrigos seguros que
deveriam ser, tornaram-se alvos.”
Perseguição aos cristãos
O cristianismo é considerado a religião mais perseguida
do mundo. Segundo a Portas Abertas, organização não-governamental que há mais
de 60 anos apoia cristãos perseguidos em regiões de extrema perseguição e
intolerância religiosa, mais de 245 milhões de pessoas são perseguidas hoje no
mundo por simplesmente declarar sua fé em Jesus Cristo.
A data criada é ONU, que lembra as vítimas de violência
contra a religião, é significativa para criar maior conscientização sobre as
questões enfrentadas pela igreja Perseguida e certamente alertar o mundo sobre
conflitos e realidades que vivem os cristãos pelo mundo.
Para saber mais sobre a perseguição aos cristãos,
acesse www.portasabertas.org.br
Foto: Reprodução/divulgação.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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