Mudar de escola é uma das situações mais
desafiadoras que uma criança ou adolescente pode viver. Por isso, independente
da idade, é comum que os estudantes fiquem ansiosos, agitados, irritados e
inseguros. “Mudar de escola significa passar para um
ambiente desconhecido – e isso sempre assusta. É preciso conversar muito com o
estudante e prepará-lo para a mudança, mostrando o quanto a vida traz
desafios e que precisamos saber lidar com eles e com as nossas reações diante
disso”, ressalta Acedriana Vogel, diretora pedagógica do Sistema Positivo de
Ensino.
Geralmente, as mudanças inesperadas, causadas por
uma transferência de emprego dos pais, por exemplo, costumam causar mais
estresse do que aquelas já esperadas, como quando a escola não
oferece o próximo segmento. Dessa forma, sempre que possível, a orientação é
preparar as crianças com antecedência para que elas lidem
melhor com o que está por vir.
Uma boa iniciativa é levar o estudante
à nova escola para que ele conheça de antemão o espaço
físico e a equipe pedagógica com quem irá conviver. A medida, segundo
Acedriana, traz mais segurança e facilita a criação de laços com
a nova instituição. Outra atitude importante é levar
à nova escola o material didático utilizado pelo estudante no
colégio anterior. Assim, a equipe pedagógica poderá avaliá-lo e construir, se
necessário, um plano de apoio pedagógico de transição para o novo
aluno.
No mais, é necessário construir oportunidades.
Acedriana orienta para o diálogo com a criança ou o adolescente, com
naturalidade e genuíno interesse sobre os medos inerentes às novas situações.
Os filhos precisam perceber que os pais se importam com o que eles estão
sentindo porque já passaram por situações similares. Perguntas do tipo “teve
algo que te fez sentir mal?”, “há mais colegas novos em sua turma?”, “se sentiu
perdido por algum motivo?” ou “qual a sua primeira impressão dos professores?”
ajudam a monitorar se a adaptação escolar está sendo bem-sucedida ou
não. Observar se o estudante chega tranquilo ou angustiado em casa também ajuda
a saber como andam as coisas na escola. E ao observar qualquer sinal
diferente do perfil do filho, os pais devem procurar ajuda.
“A família deve estar preparada para uma
resistência e até tristeza nos primeiros dias, mas isso deve mudar com o passar
do tempo. Caso contrário, é preciso pedir ajuda ao setor pedagógico
da escola, que deve possuir mecanismos próprios de apoio à socialização e
ambientação de novos estudantes”, orienta a especialista.
Organizando os estudos
Outro aspecto importante na vida escolar,
especialmente quando há mudanças na rotina, é a organização dos estudos. Muitas
vezes, ao mudar de escola, o estudante pode se atrapalhar com as novas
demandas e ver seu rendimento prejudicado. Nessas horas, tanto os pais,
como a escola, devem intervir. “Rotina e disciplina são as palavras
norteadoras para o sucesso da escolaridade de crianças e
jovens. O primeiro passo é entender que o estudante não conseguirá
desenvolvê-los sozinho. A escola precisa deixar claro o que estudar e
como estudar para que a família auxilie em relação a rotina e a
disciplina”, explica Acedriana. Para auxiliar os filhos em casa, a
professora dá dicas para os pais:
·
Crie um cronograma
A criança passou do Ensino Fundamental – Anos
Iniciais para os Anos Finais, ou do Ensino Fundamental – Anos
Finais para o Ensino Médio? Se a resposta foi positiva, pode ser que
ela tenha dificuldades para organizar os estudos devido ao aumento no
número de disciplinas e professores. Assim, criar um cronograma do que estudar
em cada dia deve ajudar.
·
Estabeleça um tempo de estudos
São necessárias ao menos duas horas de estudos em
casa por dia, de segunda a sábado, para que o estudante se aproprie
do que foi ensinado em sala de aula. Contudo, nos anos finais do Ensino Médio,
por conta da proximidade do vestibular, esse período pode não ser suficiente,
havendo a necessidade de aumentar o tempo destinado aos estudos em casa.
Acedriana reforça que estudar não é apenas fazer as tarefas de casa.
·
Saiba como estudar
É necessário distinguir o que é estudar em cada
etapa de formação do estudante, de acordo com o ciclo em que ele se encontra.
“No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, estudar implica em ler livros do seu
interesse, desenhar, montar quebra-cabeças, ouvir, criar e contar histórias,
interpretar a partir de pequenos textos, estimular resultados numéricos, entre
outros. Já no Ensino Fundamental – Anos Finais, estudar implica em ler e saber
resumir as principais ideias do texto, redigir textos próprios, calcular, criar
mapas mentais relacionando as áreas, elaborar e responder perguntas, se
localizar no tempo e no espaço, resolver problemas de lógica etc. Enquanto que
no Ensino Médio envolve tudo o que foi citado no Ensino Fundamental de maneira
mais complexa e aplicada para se avançar com propriedade no trabalho
com a matriz curricular proposta para o final do Ensino Básico.
·
Lembre-se: notas não são tudo
As notas são um parâmetro importante, mas não são a
única referência para saber se houve ou não aprendizagem. Dessa
forma, deve-se observar se o estudante consegue desenvolver as atividades e
tarefas de casa e se ele demonstra interesse pelo que foi trabalhado em sala de
aula. Se perceber dificuldades, talvez seja necessário rever a rotina de
estudos diários ou mesmo conversar com a equipe pedagógica
da escola.
·
Fique de olho no emocional
Por fim, mas não menos importante, é preciso ficar
atento às emoções. Isso porque, algumas vezes, o aluno tem rotina e disciplina,
organiza seus estudos de maneira adequada mas, ainda assim, não consegue bons
resultados por conta da ansiedade ou do nervosismo. Nesses casos, é importante
buscar apoio terapêutico para entender como a criança ou o
adolescente está lidando com as pressões e cobranças e, assim, encontrar
soluções. “É sempre importante lembrar que a saúde emocional é
fundamental para o bom desempenho escolar. Estar confortável
emocionalmente é condição para o sucesso na escola e na
vida”, finaliza Acedriana.
Sobre o Sistema Positivo de
Ensino
É o maior e mais
tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto
sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos
que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com
conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades
integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na
aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas
em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de
apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas
que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões
jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo
conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à
educação.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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