CINEASTA LANÇA CANAL NO YOUTUBE PARA FALAR DE DOCUMENTÁRIOS

 

Com o objetivo de celebrar a arte do documentário e seu poder de transformação, o canal Documentar consiste em um espaço de conhecimento e dicas para quem produz, assiste, estuda ou tem curiosidade em saber mais deste universo, por exemplo, sobre como fazer um documentário.

A iniciativa é do cineasta documentarista, Rapha Erichsen, que baseado em muita pesquisa e apuração em 15 anos de experiência na produção e estudo de documentários, conta não só a história do gênero. Ele também dá dicas de vários aspectos para se fazer um filme, do roteiro a distribuição.

“As pessoas estão fazendo documentários diariamente em sua casa, só não sabem disso, ainda mais nessa pandemia. Com o canal, queremos celebrar os documentários a partir do interesse das pessoas em produzir conteúdo. Hoje em dia, todo mundo pode ser um documentarista e estes filmes estão cada vez mais próximos do cotidiano de todos. Fazer e assistir um documentário ficará ainda mais divertido depois que se tiver informação e recursos para isso”, acredita ele, que também trata no canal sobre a importância dos documentários para contar a história da humanidade.

No primeiro vídeo de uma série sobre eleições, por exemplo, ele e Mariana Chaves, coordenadora de Comunicação do Fashion Revolution, falam sobre como documentários ajudam a compreender este momento da democracia. Além de falar sobre o papel que esses filmes podem desempenhar nas eleições, apresentam obras que já contaram histórias de eleições, desde Bill Clinton, passando por Bush até Lula. O próximo episódio da série abordará como documentários podem manipular eleições, incluindo o papel das fake news e das redes sociais nesse processo. O episódio dará exemplos de filmes que ainda não chegaram no Brasil e obras nacionais, como Democracia em Vertigem.

Documentar pode também questionar o gênero que lhe deu origem, por exemplo, sobre a suposta busca pela verdade completa que os documentários tentam alcançar. Nos vídeos ”É tudo verdade” e ”É tudo mentira”o cineasta questiona isso, usando exemplos de filmes famosos, como ”Bruxa de Blair” e Borat (2006), comédia que brinca com elementos usados pelos documentários. Este filme volta inclusive agora em 2020 com sua continuidade.

O canal trata ainda dos documentários de forma mais abrangente, quando profissionais de outras áreas são convidados para o programa Documentar Conversa. Nele, Rapha Erichsen faz entrevistas com especialistas de temas em debate na sociedade e que podem se relacionar com o universo dos documentários.

Em “Documentar Apresenta”, o canal realiza estreias, como do curta “Eles estão vendo”, um manifesto do cineasta Vinicius Colé sobre como parte da sociedade tem lidado com a pandemia de Covid-19. Para Colé, “esse filme foi a maior forma de eu me expressar no meio dessa pandemia. De esquecer um pouco o que estava acontecendo e conseguir me manifestar. Botar pra fora e conseguir dar um grito, um desabafo. Poder fazer uma crítica à maneira que a gente vive. Aquela notícia do drive thru no shopping, por exemplo, foi um golpe”.

Já em “Rapha Reage”, o cineasta analisa obras recém-lançadas e dá dicas de quais filmes assistir ou aqueles que não valem a pena. Até mesmo produções que pareciam não ser cinematográficas foram avaliadas, como o álbum AmarElo, de Emicida, que em seu lançamento já havia sido considerado pelo cineasta como uma verdadeira série áudio-documental. Agora, meses depois, AmarElo Prisma chega ao cana GNT como um novo documentário. Em breve, o canal lançará no programa Documentar Conversa uma entrevista com M. M. Izidoro, diretor e roteirista de AmaElo Prisma.

Em outro vídeo, o cineasta reage ao documentário “O Dilema das Redes”mais novo sucesso da Netflix. Para ele, apesar de extrapolar todos os clichês de documentários – o que dar uma pista para um filme ruim – trata-se de um ótimo filme para reflexão sobre o uso das redes sociais. Porém, em sua reação, o cineasta acredita que a Netflix usa dos próprios mecanismos que o documentário sugere um combate, para garantir o sucesso do seu filme, principalmente quando um filme parece entrar no documentário. “Quando algum documentário quer te convencer muito de alguma coisa: é hora de desconfiar”, afirmou Rapha Erichsen no vídeo.

Quem é Rapha Erichsen

Cineasta documentarista, roteirista e autor brasileiro. Já dirigiu filmes de diversos formatos, incluindo mais de 500 trabalhos para a internet que somam mais 20 milhões de visualizações. Seu filme "Ilegal – A Vida não Espera", que aborda o tema da maconha medicinal, foi eleito pelo UOL como melhor documentário de 2014 e vencedor do prêmio Sesc melhores filmes na categoria documentário. Com "Radical: a controversa saga de Dadá Figueiredo" conquistou o prêmio de melhor filme estrangeiro no festival NYIFF e no festival de esportes radicais MIMPI. Os dois filmes estão distribuídos globalmente na plataforma Netflix. Dirigiu a série Rally Mongol para o canal Multishow, uma jornada terrestre da Inglaterra até a Mongólia apontada como a aventura mais estúpida da terra. Dessa aventura saiu o livro de sua autoria, "Tudo Errado", lançado em 2017.

Fonte/Imagens-reprodução-divulgação: Assessoria de Imprensa

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