Com quase o dobro de inscrições
em relação à edição anterior, o 6º Prêmio EDP nas Artes registrou
464 concorrentes, provenientes de 23 Estados do País, além do Distrito Federal.
Os 10 artistas finalistas de 2018 são: Ana Cláudia De Almeida
Santos (Rio De Janeiro - RJ, 1993); Elilson Gomes Do
Nascimento (Recife - PE, 1991); Iagor João Barbosa
Peres (Rio De Janeiro - RJ, 1995);Jéssica De Souza Luz (Araranguá
- SC, 1992); Lucas Emanuel Furtado Soares (Belo
Horizonte - MG, 1994); Ludmila Porto Cioffi De Lima (São
Paulo - SP, 1989); Lyz Parayzo (Rio De Janeiro – RJ,
1994); Mariana Rosado Ferreira (Recife - PE,
1989); Matheus De Simone Maciel (Rio De Janeiro -
RJ,1994) e Rafael José Bandeira Da Penha (Belém -PA,
1992).
Do total de inscrições, foram
pré-selecionados 20 nomes, mediante análise de portfólio, desempenhada por um
júri formado pelos artistas Artur Lescher, Fabio Morais, Jonas Van Holanda,
Virgínia de Medeiros e as curadoras Diane Lima e Luise Malmaceda. Após
entrevistas individuais via Skype, definiu-se a lista dos 10 selecionados. O
grupo agora receberá acompanhamento personalizado da equipe de jurados para o
processo de realização de suas respectivas obras. Este acompanhamento,
oportunidade rara para jovens artistas, implementa os critérios para a escolha
dos três vencedores.
A premiação se completa com a
exposição dos trabalhos dos 10 finalistas no Instituto Tomie Ohtake, em cartaz
de 29 de novembro a 13 de janeiro. Na inauguração, dia 29/11, serão anunciados
os três premiados que, nesta edição, são contemplados com bolsas de residência
artística.
Voltado para estimular a
produção artística contemporânea, o Prêmio EDP nas Artes, iniciativa do
Instituto Tomie Ohtake e da EDP, empresa que atua em todos os segmentos do
setor elétrico, por meio do Instituto EDP, organização que gere os
investimentos socioambientais do grupo, é voltado para jovens artistas de todo
o Brasil, nascidos ou residentes no país há pelo menos dois anos, com idade
entre 18 e 29 anos. A iniciativa, além da premiação, contempla uma série de
atividades ao longo do ano, como cursos, palestras e workshops em regiões
brasileiras onde o acesso à arte contemporânea é mais restrito. Nesta edição,
São José dos Campos, Vitória e Palmas receberam a programação.
"O Instituto EDP, desde sua
criação há dez anos, tem como um de seus principais objetivos promover a arte e
a cultura em todo o Brasil. O prêmio EDP nas Artes é uma das principais ações
da Companhia nessa frente, estimulando o desenvolvimento da arte contemporânea
e ajudando a educar as novas gerações de grandes artistas", reforça Luis
Carlos Gouveia Pereira, diretor-executivo do IEDP.
Na edição anterior, em 2016, os
três premiados foram António Tarsis de Jesus (Salvador,
BA); Luisa Puterman (São Paulo, SP); e JonasVan
Holanda (Fortaleza, CE). Eles tiveram a oportunidade de ir à
Colômbia, Canadá e Portugal para expandirem suas formações.
Sobre
EDP e IEDP
Com disciplina financeira e foco em sua forma de atuar, a EDP é uma companhia integrada de referência no mercado energético brasileiro, atuando nas áreas de Geração, Transmissão, Distribuição, Comercialização e Soluções em Energia Elétrica. Atualmente com cerca de três mil colaboradores próprios, a Empresa possui ativos em oito estados e está presente nacionalmente com a EDP Soluções, a EDP Comercializadora e a EDP Solar.
O Instituto EDP tem como
responsabilidade estruturar os investimentos e as iniciativas sociais da
Companhia, preferencialmente em frentes ligadas à valorização da Língua
Portuguesa, à educação, ao desenvolvimento local com geração de renda, ao
empreendedorismo e ao voluntariado, por meio do esporte, da cultura e da saúde.
Ao todo, em 2017, foram apoiados 35 projetos, beneficiando 60 mil pessoas.
Instituto Tomie Ohtake
Inaugurado em 28 de novembro de 2001, o Instituto Tomie Ohtake tornou-se uma referência no circuito das artes visuais pela qualidade de sua programação. Destaca-se por ser o único espaço da cidade que se dedica a organizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design, além de promover prêmios nestas três áreas. A instituição consagrou-se ainda por conceber um amplo e criativo trabalho de educação por meio da arte, fundamentado na pesquisa, produção de material, no treinamento de professores e numa grade de cursos com visão inovadora no ensino da arte. Além disso, desenvolve inédito programa de acessibilidade para repensar questões como acesso à cultura e diversidade, com foco no atendimento de públicos que não têm garantidos seus direitos sociais.
Os Jurados
Artur Lescher (1962,
São Paulo; vive e trabalha em São Paulo). Há mais de trinta anos, Lescher
apresenta um sólido trabalho como escultor, resultado de uma pesquisa em torno
da articulação de matérias, pensamentos e formas. Neste sentido, o artista tem
no diálogo singular, ininterrupto e preciso com o espaço arquitetônico e o
design, e na escolha dos materiais, que passam pelo metal, pedra, madeira,
feltro, sais, latão e cobre, elementos fundamentais para reforçar a potência
deste discurso. Ao mesmo tempo que o trabalho de Lescher está atrelado
fortemente a processos industriais, atingindo requinte e rigor extremos, sua
produção não tem por fim único a forma, está para além dela. Essa contradição
abre espaço para o mito e a imaginação, ingredientes essenciais para a
construção da sua Paisagem mínima. Ao escolher nomear obras como Rio
Máquina, Metamérico ou Inabsência (Projeto
Octógono, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2012), Lescher propõe uma extensão
do trabalho, sugerindo uma narrativa, por vezes contraditória ou provocativa,
que coloca o espectador em um hiato, em um estado de suspensão. Artur Lescher
participou das edições de 1987 e 2002 da Bienal de São Paulo e da edição de
2005 da Bienal do Mercosul em Porto Alegre, Brasil. Expôs em diversas mostras
na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, além de duas mostras
individuais, a primeira no Instituto Tomie Ohtake (2006), em São Paulo, e a
segunda no Palais d'Iéna (2017), em Paris.
Diane Lima é
curadora independente e diretora criativa. Mestra em Comunicação e Semiótica na
PUC-SP, seu trabalho concentra-se em experimentar práticas artísticas e
curatorias multidisciplinares, desenvolvendo dispositivos de aprendizado
coletivo com foco em processos de criação e produção de conhecimento. Em 2014
fundou a plataforma No Brasil criando o projeto AfroTranscendence (Red Bull
Station/ Galpão VideoBrasil), programa de imersão em processos criativos para
promover a cultura afro-brasileira contemporânea. Entre os anos de 2016 e 2017
assinou a curadoria do Festival de Cinema Africano do Vale do Silício - EUA/BR,
a criação do A.Gentes – Programa de Imersão em Questões Raciais voltado para os
funcionários do Itaú Cultural, além de ter sido curadora na mesma instituição,
do Diálogos Ausentes, programa que durante um ano e meio, discutiu a presença
dxs negrxs nas mais diferentes áreas de expressão culminando com a exposição
homônima nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2018, é a curadora do
Valongo Festival Internacional da Imagem, integrante do time de jurados da
Residência ArtSonica do Oi Futuro-Rio de Janeiro, do Prêmio EDP nas Artes do
Instituto Tomie Ohtake e do Grupo de Críticos de Arte do CCSP-Centro Cultural
São Paulo.
Fabio Morais (1975,
São Paulo; vive e trabalha entre São Paulo e Florianópolis) é doutorando na
UDESC. Representado pela Galeria Vermelho, onde realizou a sua mais recente
exposição individual, "Escritexpográfica" (2017). Participou de
exposições coletivas em diversas instituições como Bienal de São Paulo, Bienal
do Mercosul, MAM-SP, CCSP, Instituto Tomie Ohtake, SESC, MAC Niterói, Centro
Cultural Helio Oiticica, Museu de Arte da Pampulha, MACBA (Barcelona), CGAC
(Santiago de Compostela), Centro Cultural Inca Garcilaso (Lima), MAC Lyon,
Contemporary Jewish Museum (San Francisco), Astrup Fearnley Musset, The
Stenersen Museum, Punkt Ø (Oslo), Bonniers Konsthall (Estocolmo), entre outras.
Em sua prática artística, atua entre o circuito expográfico e o editorial, no
qual publicou obras por editoras como Edições Tijuana, par(ent)esis, Ikrek,
Meli-Melo, Dulcineia Catadora, Kitschic Ediciones e Cosac Naify. Ainda no campo
editorial, teve obras publicadas no Jornal Folha de São Paulo, Revista Bravo,
Caderno video_brasil, Revista Select, Revista Refil, Revista Recibo, Revista
Bólide, Revista Abrigo Portátil, Jornal de Borda e A Recreativa.
Jonas van Holanda (1989,
Fortaleza; vive e trabalho em São Paulo) é artista trans não binário,
pesquisador de trânsitos poéticos e insurgências de gênero, além de alquimista
vegetal. O seu trabalho é baseado em subverter relações semânticas e criar
novas referências estéticas com ferramentas e discursos decoloniais. Entre suas
exposições mais recentes destacam: Quando nós estamos? no Instituto Tomie
Ohtake (São Paulo), Travessias Ocultas no SESC Bom Retiro (São Paulo),
Bestiário no Centro Cultural São Paulo, e Sandwich Generation no Capacete (Rio
de Janeiro). Trabalhou na 32ª Bienal de São Paulo na obra-restaurante Restauro
de Jorge Menna Barreto. Esteve em residência na Casa Matony, em La Paz,
Bolívia, com a curadoria de Beatriz Lemos (LASTRO) e no Centro de Investigação
Artística HANGAR (A residência foi realizada em conjunto com o Instituto Tomie
Ohtake, com patrocínio do Instituto EDP, sendo o artista vencedor da 5ª edição
do Prêmio Energias na Arte, 2016). Participou da residência artística A SUL no
Lavadouro Público do Carnide (Teatro do Silêncio, Lisboa). Suas atividades
constantes incluem ações e workshops de micropolítica alimentar e estruturas
decoloniais em gênero e feminismos, tentando reinvetar o papel das
transmasculinidades no contexto carnofalocentrista atemporal. Vive e trabalha
em São Paulo.
Luise Malmaceda é
pesquisadora e curadora no Instituto Tomie Ohtake. Mestra em Estética e
História da Arte pela Universidade de São Paulo, especialista em História da
Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado,
graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem
experiência com pesquisa e educação em instituições como Fundação Iberê Camargo e Fundação Vera Chaves Barcellos e, desde 2011, vem
realizando projetos curatoriais independentes. Em 2015, foi editora geral da
revista Harper's Bazaar Art.
Virginia de Medeiros (1973,
Feira de Santana, Bahia; vive e trabalha em São Paulo) trabalha principalmente
com videoinstalação e audiovisual, desenvolvendo uma obra que questiona os
limites entre realidade e ficção. A artista lida com três pressupostos comuns
aos campos da arte e do documentário: o deslocamento, a participação e a
fabulação. De Medeiros. Em 2006, teve a obra "Studio Butterfly" selecionada
pelo Programa Rumos Itaú Cultural e para a 27a Bienal de São Paulo. Em 2009,
participou da residência artística "International Women for Peace
Conference", em Dili, Timor-Leste, e em 2007, da Residência Artística no
Centro de Artes La Chambre Blanche, em Québec, Canadá. Recebeu o prêmio Rede
Nacional Funarte Artes Visuais 2009 com a vídeo instalação "Fala dos
Confins", que em 2013 foi adquirida pelo Centro Cultural São Paulo. Em
2010 participou da 2ª Trienal de Luanda "Geografias Emocionais, Arte e
Afectos" e em 2011, do 320 Panorama de Arte Brasileira, MAM São Paulo. Em
2012, ganhou a Bolsa Funarte Estímulo à Produção em Artes Visuais com o projeto
"Jardim das Torturas" e foi premiada no 18o Festival de Arte
Contemporânea Videobrasil com o Prêmio de Residência ICCo – Instituto de
Cultura Contemporânea no Residency Unlimited – Nova York, EUA. Mostras
coletivas recentes incluem: Missão (Centro Cultural São Paulo, São Paulo,
2014); Cães Sem Plumas (MAMAM, Recife, Brasil; Galeria Nara Roesler, São Paulo,
Brasil, 2013); Projeto Novas Aquisições MAC CE- Dos percursos e das poesias
(Dragão do Mar, Fortaleza, Brasil, 2013); Coletiva Instituto Cervantes
(Instituto Cervantes, São Paulo, Brasil, 2012); Metrô de Superfície (Paço das
Artes, São Paulo, Brasil, 2012); e Vídeo Guerrilha (Intervenção Urbana Augusta,
São Paulo, Brasil, 2011).
Serviço
Exposição: 6º Prêmio EDP
nas Artes
Abertura: 29 de novembro, às 20h
Até 13 de janeiro de 2019, de terça a domingo, das 11h às 20h, entrada franca.
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela
Fone: 11 2245-1900
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